No post de hoje, queremos abordar este tema atual, que passa despercebido em nossa dia a dia: acessibilidade no Turismo. Personalidade conhecida na internet, a influencer de humor Pequena Lo, já foi impedida de embarcar em voo no Rio de Janeiro devido a sua “motinha de locomoção”, que utiliza por possuir deficiência nos membros inferiores.
Segundo a Resolução nº 280 da Anac, as companhias aéreas devem transportar gratuitamente determinados tipos de assistência técnica aos passageiros. Isso inclui coisas como cadeiras de rodas, muletas e scooters. Cães-guia e cães-ouvintes também se qualificam.
Além disso, nessas situações, as companhias aéreas devem oferecer um desconto de pelo menos 80% nas taxas de excesso de bagagem caso os passageiros ultrapassem o limite permitido. Essa determinação está expressa no inciso II do § 3º do art. 8º.
O caso da Pequena Lo, ou Lorrane Silva, só veio à tona devido ao seu alcance nas redes sociais. Isso nos leva a questionar quantas pessoas não vivenciam problemas semelhantes todos os dias anonimamente. E, sobretudo, qual é a situação atual da acessibilidade no turismo?
Saiba mais sobre este assunto neste artigo.
O que é acessibilidade no turismo?
Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pelo menos 45 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência, cerca de 24% da população do país. Saiba mais sobre os diferentes tipos de PCDs:
• Mental: afeta as atividades linguísticas, cognitivas e perceptivas;
• Motor: deficiência ou dificuldade física e motora;
• Audição: perda total ou parcial da audição;
• Visão: baixa visão ou cegueira.
Mas, também precisamos incluir outros grupos nessa lista, como idosos, gestantes, crianças e obesos, por exemplo.
E apesar de ir e vir ser um direito comum a todos, essas pessoas ainda enfrentam alguns desafios ao viajar, seja de ônibus, avião ou outro meio de transporte.
Assim, a acessibilidade no turismo envolve práticas, estruturas e serviços que visam facilitar não apenas o transporte, mas todos os aspectos de uma viagem para esses grupos com diferentes necessidades.
Mas isso não é apenas uma questão de política pública. Restaurantes, bares, hotéis, shopping centers, espaço de eventos, centros culturais, livrarias, pontos turísticos e outros locais devem adequar seus serviços e produtos às diversas pessoas que passam por suas portas.
Acessibilidade em viagens e eventos corporativos
O problema da acessibilidade em viagens de negócios começa com o fato de que apesar da obrigatoriedade legal, a inclusão de pessoas com deficiência no mercado formal de trabalho ainda é pequena.
Dos 45 milhões que citamos anteriormente, apenas pouco mais de 400 mil estão empregados. Isso corresponde a menos de 1% do total de deficientes no Brasil.
Portanto, não é surpresa que esse tema não seja tratado com tanta prioridade pelas corporações.
Na sociedade em que vivemos hoje, não há mais espaço para condutas como essa. Grandes empresas e eventos estão sendo criticados pelos consumidores por essa falta de inclusão, colocando sua imagem em risco.
O Festival Lollapalooza 2022, por exemplo, recebeu inúmeras reclamações de capacitismo por falta de acessibilidade para PCDs.
Portanto, ao projetar um evento corporativo, é preciso pensar na inclusão dos participantes com deficiência, desde o percurso (viagens) até o evento em si.
Para isso pode-se adicionar piso tátil, rampas de acesso, equipamentos mecânicos, espaços e banheiros amplos e funcionais, sistemas de audiodescrição e sinalização adequada.
No entanto, medidas simples e imediatas podem ser tomadas para acolher alguns grupos e promover a inclusão no turismo corporativo. Isso inclui treinar funcionários e fornecer menus em Braille, por exemplo.
Também pode-se ativar a função closed caption na TV do evento, adicionar legendas aos vídeos apresentados e ainda contar com um intérprete de Libras para as palestras. Podem parecer medidas simples, mas possuem um impacto significativo!
Além disso, as empresas podem contar com os serviços da Premier Turismo ao planejar viagens e eventos corporativos. Os consultores poderão recomendar os melhores hotéis, restaurantes e companhias em termos de acessibilidade, bem como prestar toda a assessoria necessária para atender às necessidades individuais de cada colaborador.