Aproveitando o mês das mulheres resolvemos compartilhar a experiência da Gabrielle que no último mês teve a oportunidade de viajar sozinha para um destino internacional. Ela nos contou um pouco sobre o destino, dicas e passeios de cada lugar, além de dividir as experiências, vantagens e dificuldades em viajar sozinha pela primeira vez para o Chile.
“A programação da minha viagem ao Chile iniciou a partir do momento que decidi que queria viajar para fora do Brasil nas minhas férias de Fevereiro de 2022. Durante esse tempo meus amigos e familiares não estavam disponíveis para viajar comigo e foi aí que resolvi viajar sozinha. Por indicação do consultor Khader, comecei a procurar lugares para fazer passeios em Santiago e arredores, e me apaixonei de cara. Pesquisei sobre o destino e logo notei que o país é seguro para uma mulher viajar sozinha.
Fui montando meu cronograma e até me questionei se valeria a pena ir até ao Chile no período de baixa e não ver neve. Como são estações muito diferentes, os cenários e as opções do que fazer variam muito. Mas valeu muito a pena!
Protocolos para a entrada
Para brasileiros entrarem no Chile não é necessário ter passaporte, apenas o documento do RG. Porém, devido a pandemia da Covid 19 o país criou alguns processos e é preciso ficar atento a todos. Primeiro deve ser feita a validação das vacinas, declaração jurada até 48 horas antes do embarque, exame negativo do RT-PCR até 72 antes do embarque e seguro médico de cobertura mínima de U$30.000, incluindo despesas de covid.
Chegando no destino é feito toda a vistoria dos documentos, realizado um teste de PCR custeado pelo governo chileno, preenchido uma declaração para controle sanitário e deve ser realizado um acompanhamento obrigatório do viajante por 7 dias. Todo processo é muito organizado e no meu caso foi rápido, em apenas uma hora já havia terminado. É necessário fazer o período de quarentena enquanto o resultado do exame PCR não sai.
Locais
O meu cronograma foi pensando para aproveitar um pouco de cada experiência que o Chile pode proporcionar no verão.
Meu primeiro passeio foi para a Alyan Wine Family, uma vinícola que apresenta uma proposta premium, diferente das outras. O tour dura o período do entardecer e noite, e é possível conhecer a belíssima vinícola, degustar os vinhos acompanhado de tábua de frios, ver o pôr do sol e finalizar o tour com um jantar com sobremesa oferecido pelo local. A proprietária é uma das guias e acompanha os grupos.
Nesse passeio, confesso que em alguns momentos me senti solitária, quando o grupo estava assistindo o sunset todos ficaram mais próximos do companheiro. No final acabei tirando foto de quase todos e já aproveitava para pedir que tirasse foto minha também.
No segundo dia fui para o parque Siete Tazas, um passeio que não é tão ofertado pois ele fica a aproximadamente 3 horas de Santiago. As águas são verdes esmeraldas, lindíssimas. Mais ao final do passeio é possível tomar banho e entrar nas águas geladas do parque. Uma curiosidade é que esse passeio deixou o meu tênis e minha meia com mais poeira do que os tours que fiz para o deserto do Atacama rs.
No terceiro dia de viagem fui para Termas Valle de Colina e Embalse el Yeso. As termas possuem 7 piscinas artificiais que dispõem de diferentes temperaturas, rodeadas pelas Cordilheiras do Andes. O lugar é simplesmente incrível e todos os cliques valem a pena serem postados. Se eu não tivesse ido sozinha, com certeza teria tirado mais fotos.
Já Embalse el Yeso possui uma pegada mais diferente. É o principal reservatório de água potável que alimenta Santiago, mas não deixa de ser um passeio imperdível.
Conhecendo o Deserto do Atacama viajando sozinha
Durante o passeio resolvi, também por indicação do consultor Khader, conhecer o deserto do Atacama. Escolhi ficar apenas três dias no local, o que para mim foi o suficiente. Imaginava que o deserto era apenas areia, mas estava enganada. É um destino cheio de lugares para visitar e viver novas experiências. Lá no deserto resolvi conhecer Valle de la Luna, Vale do Arco Íris, as Lagunas Escondidas de Baltinache e Pedras Rojas e ainda fiz o passeio astronômico. Cada lugar é mais incrível que o outro.
Durante minha estada no Atacama conheci uma brasileira que também estava viajando sozinha e logo nos grudamos. Aproveitamos muito os passeios juntas e tiramos fotos uma da outra. Foi muito bom encontrar uma compatriota.
Retornando a Santiago deixei o dia livre para conhecer a capital. Andei no bondinho, que é próximo ao zoológico, conheci o Mercado Central, a Plaza das Armas e deixei o pôr do sol para ver no Sky Costanera, o maior prédio da América do Sul. No meu último dia de viagem, deixei para conhecer Valparaíso e Vinã Del Mar. As duas cidades estão localizadas no litoral chileno e cada uma possui seu charme. Não pude deixar de sentir a temperatura geladíssima da água do Oceano Pacífico, mas apenas com meu pé.
Viajar sozinha: uma experiência de crescimento
Viajar sozinha para mim foi um grande desafio, porque além de ser a minha primeira viagem sozinha foi a minha primeira viagem internacional.
Um ponto positivo de viajar só, é montar o cronograma da viagem com todos os passeios e tours que você deseja, sem precisar abdicar de nada. Além disso, acredito que conheci muito mais pessoas que conheceria se estivesse acompanhada.
Já os pontos negativos, no meu caso, somaram mais itens. O primeiro foi o idioma, viajei para fora confiando que entenderiam facilmente meu portunhol rs. Mas não foi tão fácil assim, muitas vezes precisava falar muito devagar e em outras tentava falar com meu inglês básico para que me compreendessem. Outro motivo é o de precisar socializar a cada dia com pessoas diferentes. Em quase todos os passeios que fiz mudavam os integrantes e a maioria eram de outras nacionalidades. No final da viagem eu já estava bem mais quieta que o normal pois já estava cansada de começar a interagir com as pessoas, em razão da dificuldade com o idioma.
Uma questão muito importante é das fotos. Nos passeios até tiravam sarro de mim e falavam que “era coisa de brasileiro” tirar muita foto. Mas quando se viaja sozinha, para mim, mesmo usando o pau de selfie as fotos podem não sair como eu gostaria. Por isso eu saia pelo grupo à procura do fotógrafo perfeito e em troca também tirava fotos para eles rs.
Por fim, o fato de viajar acompanhada facilita muito quando acontecem imprevistos. Mais de uma cabeça pensando ao mesmo tempo facilita o processo e traz mais tranquilidade. Nesses momentos mais tensos eu precisava me acalmar para poder raciocinar melhor.
Colocando todos os prós e contras de viajar sozinha na balança, eu viajaria só novamente caso acontecesse das pessoas próximas a mim não estarem disponíveis no meu período de férias, como ocorreu nessa viagem, mas não posso negar que uma experiência como essa me trouxe crescimento e independência.”
E você? Quer experimentar uma viagem sozinho (a)? Entre em contato com um de nossos consultores e solicite seu orçamento.